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Léo Natel se vê como "falso 9" e festeja troca de posição no Corinthians: "Curtindo muito"

Atacante comenta trabalho feito com Vagner Mancini e destaca boa relação com concorrente Jô

2/9/2021 1:06:14 PMLéo Natel se vê como "falso 9" e festeja troca de posição no Corinthians: "Curtindo muito"

Preparado desde o fim de 2020 por Vagner Mancini para jogar mais centralizado no ataque do Corinthians, Léo Natel foi escalado no lugar de Jô na última quarta-feira e aproveitou a chance. Ele fez o gol da vitória por 2 a 1 sobre o Ceará e deve ser mantido na equipe para o próximo jogo, contra o Athletico-PR, na quarta-feira.


– Logicamente, estava mais habituado a jogar pelos lados do campo. Mas, para ser sincero, estou curtindo muito jogar nessa posição, mais solto na frente, com liberdade para me movimentar e jogar próximo do gol – comentou o jogador. 


O jovem de 23 anos explicou que durante toda a sua formação nas categorias de base atuou como ponta, mas que no Apoel, do Chipre, já havia desempenhado função parecida.


Nesta entrevista, Léo Natel também falou sobre como Mancini o treinou para essa função, comentou a relação com o concorrente Jô e falou sobre as ambições do Corinthians nesta reta final de Campeonato Brasileiro. Confira abaixo: 


Como está sendo essa troca de posição? A adaptação foi rápida ou você teve dificuldades no início?

– Não é tão simples quando você está acostumado a jogar numa posição e depois é lapidado para jogar em outra. Há um mês e meio, dois meses, o Mancini conversou que gostaria de me testar nessa posição e passei a treinar. Ele foi me corrigindo em algumas coisas que eu fazia de errado e, graças a Deus, está dando certo. Como falei, estou gostando bastante e me acostumando aos poucos. 


Você já tinha jogado mais centralizado, como um camisa 9?

– Na base eu só joguei pelos lados. No Apoel, o time jogava no 3-5-2 e eu era um segundo atacante, ficava mais na área. Mas até hoje eu não me considero um "9", é que nem falam, sou um "falso 9", com liberdade de movimentação e chegada na área.


Pra fazer essa mudança, o trabalho com o Mancini foi só na base da conversa e dos treinos em campo ou ele usou outros recursos?

– Tem também a situação de vídeo, onde fica mais claro pra gente o que a gente deve fazer, movimentos... Mas o que mais me ajudou foi a parte do campo. Às vezes, quando a gente tem a semana cheia, fazemos muitos treinos específicos de movimentação e posicionamento. 


O que o Mancini te pede?

– Ele é um cara super tranquilo, que dá confiança para a gente. Ele pede para eu me movimentar, procurar atacar o espaço e estar sempre preparado. Antes, quando eu não vinha jogando, ele falava "fica preparado para quando a oportunidade vier você agarrar". Eu sempre peguei isso como lição. 


E deu certo. Você foi titular contra o Ceará e fez gol, algo que não acontecia desde outubro do ano passado. O que esse gol representou pra você?

– Foi um momento importante. Eu vinha de um longo tempo sem marcar, estou muito feliz, pude ter a oportunidade de começar a partida e pude ajudar com gol, o mais importante é que a equipe venceu.

 

Você se cobra muito quando não faz gol ou entende que sua função vai além disso?

– A gente quer sempre estar marcando, mas o mais importante é jogar bem e, é lógico, poder ajudar de alguma forma a equipe a vencer. Eu me cobro também, mas o primeiro ponto é estar bem, o gol é consequência.


Como é sua relação com o Jô, agora seu concorrente direto pela titularidade?

– O Jô é um cara super do bem, foi uma das pessoas que eu tive mais afinidade desde que cheguei, ele me ajudou bastante, me ajuda até hoje, só tenho a agradecer a ele, um cara super do bem. 


Ele te falou algo quando ficou definido que você entraria no lugar dele?

 Só me deu bastante força, disse para eu estar preparado, que estava tendo essa oportunidade.


 No último jogo, chamou a atenção uma dura que o Gil te deu por ter ficado em posição de impedimento. Como encara esse tipo de cobrança?

– Entre a gente isso é super normal, a partir do momento que ele me cobrou foi porque fiz alguma coisa de errado, fiquei impedido até por conta da ansiedade de querer fazer as coisas muito rápido. Mas o Gil é uma pessoa fora de série, gente fina demais, é a forma dele de cobrar, importante que a gente quer se ajude. Tem que ser assim, time que almeja coisas grandes tem que haver a cobrança. 


Falando em almejar coisas grandes, como vê a situação do Corinthians nesta reta final de Brasileiro?

– A gente tem que acreditar e, acima de tudo, entender que temos mais cinco finais. É procurar não olhar para os adversários, mas para a gente, e vamos tentar buscar a vaga na Libertadores. A gente tem que acreditar e o torcedor seguir com a gente, tenho certeza que vamos brigar até o fim. 


Recentemente, o presidente Duilio Monteiro Alves admitiu que o clube voltou a atrasar salários. Como isso afeta a equipe?

– Eu nem fico pensando muito nisso. A partir do momento que a gente tem jogo, procuro me desligar de tudo, senão a gente não se concentra no jogo. Dessas coisas é a diretoria que cuida, temos que estar focados em jogar.


Fonte: Globo Esporte

Por Bruno Cassucci